Política

SENADOR CIRO E/OU FIRMINO NA SUCESSÃO

SENADOR CIRO E/OU FIRMINO NA SUCESSÃO

SENADOR CIRO E/OU FIRMINO NA SUCESSÃO

Magno Pires

 

            Todas as gestões políticas e partidárias do Senador Ciro Nogueira (Progressistas) são no sentido de fortalecer, aumentar e consolidar o seu partido e o seu direito de disputar a sucessão de 22, mas com o apoio do Governador Wellington Dias (PT) e do petismo. Compreende o líder progressistas que o momento de concorrer ao Governo do Estado é de seu grupo político e/ou de alguém por ele indicado, cuja prioridade recairia no seu aliado e amigo prefeito Firmino Filho, comandante em Chefe do maior colégio eleitoral do Piauí. Restam, diante disso, porém, duas perguntas: sendo Ciro, Wellington e o PT apoiariam? e não sendo ele, mas Firmino, também o Governador e o PT dariam apoio? e não o fazendo nas duas situações, o Senador Ciro abriria uma dissidência em apoio à sua candidatura e/ou à de Firmino e iria à oposição em defesa das candidaturas? Saída de Ciro da Coligação enfraquecerá enormemente o governo de Wellington.

            O Governador Wellington Dias, todos sabem, é candidato ao Senado Federal, com apoio do PT e da Vice-governadora petista Regina Souza, bem como dos vários coligados. Regina também pretende suceder Wellington na governança estadual, com a sua desincompatibilização.

            Dentro desse cenário acima, a sucessão estadual de 22 não será de solução tão fácil. O PT, que radicaliza todas as circunstâncias para não deixar o comando estadual, não abrirá mão, principalmente quando a petista Regina Souza estará no comando do Poder Executivo e com a chave do cofre. E mais: Rafael Fontelle, na Secretaria de Fazenda, também outro na disputa ao governo estadual, certamente com o embasamento político do sogro, empresário Arauginho, que é concorrente à Prefeitura de Picos e 2020, com eleição assegurada pelo amplo arcabouço de apoio político e empresarial que imbricará o seu projeto àquela prefeitura, que é um polo empresarial, educacional, industrial e comercial e o 3º entroncamento rodoviário do Nordeste, com um conjunto populacional e eleitoral enormes.

            No entanto, inobstante essas circunstâncias políticas, econômicas e eleitorais de possíveis adversários de Ciro e de seu projeto, o Senador Ciro é o maior líder político individual da aliança governista, com apoiamento de um Senador, 80 prefeitos, 25 vice-prefeitos, 250 vereadores, três deputados federais, 5 deputados estaduais e inúmeras lideranças; grande articulador, incansável líder e político que cumpre acordos firmados, aspecto importante e relevante na política partidária.

            Quanto à candidatura de Firmino, com o apoio do Senador Ciro, alguns aspectos positivos e técnicos desaconselham e/ou restringem esse rumo e que muitos líderes atacam Firmino; excessiva centralização administrativa, ímpeto na liderança que impede o acesso dos novatos e/ou dos aliados e o receio de que Firmino eleito entregue todos os postos principais aos seus aliados que o acompanham cegamente, numa espécie de fundametalismo político radical, que distancia os recém-chegados. Esse receio permeia o projeto político e a administração do tucano no Estado. O alcaide teresinense nega, mas há muita caisa em Firmino de personalidade impetuosa, agressiva, furtiva, intimidadora do líder oligárquico Wall Ferraz.

            Por conseguinte, Ciro ainda terá que conversar muito com os líderes do MDB, Senador Marcelo Castro; com o deputado Themístocles Filho (MDB), o deputado Federal Júlio Cesar, (PSD) e com os líderes de outros partidos que compõem a coligação governista; notadamente o Senador Marcelo Castro, que nega não ser concorrente ao Palácio Karnak, embora o MDB exija a sua candidatura e/ou seu compromisso como presidente do MDB estadual. O deputado Federal, Paes Landim, e o ex-senador João Vicente também são da coligação governista.

            Ciro é um bom nome à governança estadual, porém, precisa desgrudar-se dos acentuados traços familiares, exigências da gestão política atual do país e de seus avanços, para poder exercer uma administração mais impedida e desentranhada da oligarquia estadual ainda fortemente presente e/ou arraigada.

           

Magno Pires é Membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, Advogado da União (aposentado), jornalista, administrador de empresas, ex-consultor jurídico da Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 121.956.118 acessos em 9 anos e onze meses. e-mail: [email protected].