O Palácio do Karnak e o da Cidade foram derrotados pelo deputado estadual Themistocles Sampaio (PMDB) numa eleição disputadíssima e ímpar para presidência da Assembléia Legislativa. Themistocles obteve 16 votos dos pares. Contra 14 de Fábio Novo (PT).

            O governador Wellington Dias (PT) e o prefeito Firmino Filho (PSDB), sem nenhuma necessidade, conquanto ambos reeleitos, demonstrando as suas fortes lideranças no Estado e na capital entraram numa disputa para derrotar o PMDB e o presidente da Assembléia, mas não deu certo.

            O governador Wellington, com destaque inédito na historia político-partidaria do Piauí, porque foi reeleito pela terceira vez, para o cargo de Chefe do Executivo, com grande perspectiva de exercer o quarto mandato por conta do instituto da reeleição.

            E o prefeito Firmino Filho, também pela 3ª vez, é eleito mandatário de Teresina, podendo reeleger-se pelo 4° mandato.

            Ora, quando a “gulodice é muito grande engole o dono”; foi exatamente o que aconteceu com os dois lideres piauienses. Por que tanta opressão ao Poder Legislativo? Porque tanta vilania ao PMDB? Por que tanto ódio ao deputado Themistocles Filho? Por que não deixaram o Poder Legislativo e os deputados estaduais decidirem o seu destino?

            Agora, o balde foi entornado, toda a sua água derramada, afogando o governador e o prefeito e mais 14 deputados, saiu-se Themistocles fortalecido e poderoso do pleito ocorrido, justamente por que impus fervorosa, contundente e acachapante derrota aos dois palácios e nos seus respectivos dois ilustres inquilinos.

            A habilidade de Themistocles e a sua grande determinação em conduzir o pleito, sem nenhuma arrogância e preponderância, trabalhando em silêncio e com manejo incrível, além de transformar-se no maior líder do PMDB, impondo extraordinária derrota em Wellington e Firmino, assegura-se, sem a menor duvida o direito de em 2018 postular o cargo majoritário de governador do Piauí, sem direito também dos demais membros do PMDB de contestá-lo nessa eventual postulação.

            Sabe-se que para ser candidato a governador do Piauí passa pela Assembléia. Pois, nos últimos anos, todos os candidatos ao cargo foram originários da Assembléia.   Themistocles é reeleito democraticamente pela 6ª vez para a presidência da Assembléia. E é deputado de 7 mandatos: agora tem todas as condições técnicas e políticas, além de éticas e morais, para disputar o mandato majoritário de governador do Estado. Nenhum outro político tem circunstancias tão favoráveis e legitimas. Assegurado pelo voto popular.

            Wellington e Firmino caíram na infantilidade, embora com vasta experiência, de divulgar que Themistocles está com vários anos na presidência. Entretanto, nenhum dos dois olhou para o seu passado: os tucanos estão há 30 anos na prefeitura e os petistas acabam de ser eleitos para o terceiro mandato no Executivo do Piauí. Fato original para um político piauiense. O único com esse galardão ou titulo.

            Portanto, Wellington e Firmino, derrotados por Themistocles, agora deverão submeter-se a sua liderança, especialmente Wellington Dias , juntamente com mais 14 deputados, o PT e os partidos coligados, porque Themistocles dará as cartas numa assembléia em que cristalizou e consolidou afirmativamente o seu poder e a sua liderança incontestáveis. O caminho era Fabio Novo(PT) conciliar, mas Temístocles, aí sim, foi intransigente, só faria um acordo se Fábio Novo voltasse nele. Estava seguro da eleição e do poder.

            Estava certo. Lutou dignamente sem fatiar o Poder Legislativo, porém, consolidando constitucionalmente a sua independência, que Wellington e Firmino    queriam enfraquecer e submete-los aos seus caprichos pessoais, partidários e administrativos. Esqueceram que lá havia homens dignos.

Magno Pires é advogado e Membro da Academia Piauiense de Letras – APL.

E-mail: [email protected]

Portal: www.magnopires.com.br (39.190.558 acessos em 63 meses)