WELLINGTON CONSOLIDA LIDERANÇA E PODER POLÍTICO ÀS SUCESSÕES DE 22 E 26
WELLINGTON CONSOLIDA LIDERANÇA E PODER POLÍTICO ÀS SUCESSÕES DE 22 E 26
Magno Pires
Com a aprovação da Reforma Administrativa do Estado na Assembleia Legislativa, por unanimidade, as incansáveis negociações políticas, bem sucedidas, para montar o seu secretariado, a nomeação relâmpago de quase 1.200 Cargos Comissionados publicados no Diário Oficial do Estado, além da nomeação do ex-vice governador e ex-deputado federal Osmar Jr, para a estratégica Secretaria de Governo, filiado ao PC do B, cujo cargo era antes domínio do PT, o Governador Wellington Dias (PT), consolida, indubitavelmente, sua liderança e o seu poder político e a hegemonia político-partidária do petismo, revelando inédita habilidade, confiabilidade e credibilidade sobre as demais agremiações partidárias que formam o grandioso bloco pluripartidário de apoio à coligação vitoriosa daa eleições de 2018.
Wellington Dias avança nessa direção política seguramente. E, sem percalços futuros e/ou prognósticos e até diagnósticos de insucesso. E nesse caminho estratégico, está montando o cenário da sucessão de 2022, bem como da de 2026, assim como armou efetiva e antecipadamente a de 2018.
O Governador Wellington como bom estrategista e líder inconteste da coligação, não faz conjecturas, tampouco traça planos políticos materiais de longo prazo; age, contudo, silenciosamente, armando, esculpindo e, por fim, construindo os planos, como se elaborasse uma ficção. É ardiloso como Petrônio Portella. Carismático como Chagas Rodrigues. E ardoroso como Miguel Arraes.
Entretanto, não têm nenhuma característica de Lula e/ou de qualquer outro petista. Até mesmo por que nem sequer Lula e Jaques Wagner, por exemplo, foram sucedidos e vitoriosos como ele na política, partindo de vereador de Teresina, elegendo-se deputado Estadual, Federal e Senador e sendo eleito e reeleito quatro vezes governador de um Estado e sempre no primeiro turno. Nenhum foi tão exitoso em política quanto Wellington Dias, mesmo Lula, presidente duas vezes.
Ninguém, mas ninguém mesmo, verá o Governador Wellington Dias comentando ou fazendo conjecturas às eleições majoritárias de 2022 e 2026, embora aja objetivo e intencionalmente nesse rumo; especialmente quanto a majoritário de 22, quando deverá ser candidato a Senador, com eleição assegurada, e sempre com a Vice-governadora Regina Souza a seu lado da qual pretende fazer Governadora. E alguém da coligação vai contestar? Nenhum!
O bloco político pluripartidário sob a sua liderança também está substaciosamente materializado. Não há riscos iminentes de rupturas e dissensões. Todos os partidos foram contemplados com cargos. Nenhum dos
seus liderados terá coragem de dissuadir de Wellington. Há uma firme liderança e com enorme confiança.
Os dois outros maiores líderes da coligação, abaixo de Wellington, que poderiam abrir uma dissidência, seriam os senadores Marcelo Castro e Ciro Nogueira. Ambos têm desejos de concorrerem ao governo estadual, notadamente Ciro, presidente de um partido (Progressistas) muito forte e com quase 90 prefeitos filiados. É o maior do Estado.
No entanto, Marcelo e Ciro ou qualquer outro líder da coligação só serão eventuais candidatos ao governo em 2022, se obtiverem o apoio do petista Wellington. Pois, sem seu embasamento político, não terão sucesso. Esse mesmo raciocínio prevalece às eleições de 2026.
As oposições estão fragilizadas. Apenas o prefeito de Teresina, economista Firmino Filho (PSDB), poderá concorrer com mínima possibilidade e/ou chance de qualquer êxito. Mas Firmino quer coligar-se com Ciro Nogueira. Certamente esperando que haja uma dissidência e Ciro integre a sua base.
As demais agremiações adversárias não significam impacto profundo que redirecione uma eleição majoritária. Marcelo Castro, com o MDB, também não se predispõe a abandonar o Governo, perder espaços, para liderar as oposições como eventual candidato ao Governo.
Dos trinta deputados estaduais, nenhum terá a audácia e/ou coragem de abandonar os cargos no Poder Executivo para enfrentar uma oposição ao Governador Wellington.
Os oposicionistas Wilson Martins (PSB), Átila Lira (PSB), Heráclito Fortes (DEM), Sílvio Mendes (PSDB), Luciano Nunes (PSDB), Zé Filho (PSDB) e Mão Santa (Solidariedade) estão todos fragilizados e sem condições técnicas, políticas e financeiras de enfrentar o governismo do Palácio Karnak. Resta, porém, Firmino Filho (PSDB), mas um tucano traumatizado, com as seguidas derrotas do tucanato às eleições majoritárias, perdendo para Wellington.
Por conseguinte, os situacionistas e/ou governistas que venceram as eleições de 2018, poderão permanecer na Chefia do Poder Executivo do Estado até à longínqua eleição majoritária de 2026. Justamente por falta de grupo adversário que se contraponha ao governismo. Porque os existentes têm sido derrotados. E não duvido que o atual governador volte ao poder em 2026, dentro desse raciocínio político aqui construído.
O sucesso de Wellington Dias, nesses arranjos políticos para o porvir, também dependerá das condições políticas, econômicas e sociais que o governo Bolsonaro imprimirá à sua gestão. Aguarde-se o resultado da grave crise econômica nacional.
Magno Pires é Membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, Advogado da União (aposentado), jornalista, administrador de empresas, ex-consultor jurídico da
Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 116.141.291 acessos em 9 anos e oito meses. e-mail: mag